domingo, 14 de novembro de 2010

Decifra-me ou Devoro-te



Manter um pecado adormecido é admiravelmente fácil enquanto seu coração conserva seus pensamentos ocupados. 

O difícil mesmo é entender se todos os riscos valem a pena por momentos de insanidade.

Embaralhar o que está em ordem é a ultima coisa que ela realmente gostaria, mas o sabor de ser desafiada por si mesma a consome de tal maneira que nem mesmo sua cronologia a respeita.

A melhor solução a ser tomada quando seus desejos estão personificados em olhos misteriosos é distanciar de ti e optar em se perder.

É bem mais fácil permanecer com o mistério das palavras para justificar o medo de uma  fraqueza estampada do que despir-se para o espelho.

Mas não se iluda com essa ingenuidade sarcástica, afinal, só entramos em uma dança quando já se sabe a próxima música.



5 comentários:

  1. Lay sua preta tenho que falar que seus posts são do caralho.
    beijinho e mordidas
    Luciana

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  2. hahahahaha, eu sei beeeeem o que é isso de "manter pecados adormecidos"... mais uma vez adorei o poema, me identifiquei muito com toda essa dualidade que vi em cada verso, em cada estrofe. Show, Layane!

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  3. O seu texto mistura razão e sentimento. Quantas pessoas não possuem desejos inconfessáveis, que a razão e os valores não as impedem de realizar? E você, apesar de colocar a questão do desejo muito fortemente, coloca a razão como norteadora da realização do desejo no final, quando diz:"só entramos em uma dança, quando já se sabe a próxima música". Parabéns! Gostei bastante da profundidade do tema!

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  4. Gostei do jeito que escreve. Vou te seguir, passarei aqui mais vezes. Abraço.

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  5. Muito legal o seu raciocínio, Lay! O autoconhecimento é fundamental para que os nossos próprios pensamentos (que são muitos e muitos...) não nos devore. Mas, reprimi-los por muito tempo, o perigo está em sairmos do controle. Podemos criar ilusões, fazer de conta que o faz-de-conta é real, deixar tudo em ordem previsível. E é aí que vem a chuva e estraga nossa ilusão de roupas secas e cabelos impecáveis. Afinal, realidades são percepções da mente.

    Riscos podem ser cometidos em sã consciência. Existem muitos exemplos para isso... Porque a vida, na verdade, é cheia de riscos. Não compreender isso é insano. E muitas vezes somos insanos quando não nos arriscamos, mesmo sabendo que o que está em jogo é a nossa felicidade.

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