terça-feira, 2 de outubro de 2012

Aceite os fatos: ela não te ama!




                                   



      Um perfil atlético, rostinho bonito, uma barba bem feita, perfume envolvente e bons contatos sociais ou nem isso. Entre as luzes coloridas da pista parecia um belo partido para moças que beberam duas tequilas na balada, mandaram mensagem desesperadas para o ex e não querem voltar sozinha pra casa. Pobres coitadas procurando orgasmos múltiplos ou um amore ao primeiro porre.
      Muito músculo e pouca conversa. Muita risada sem graça e desnecessária. Mais um copo vazio para combinar com os pensamentos. Um motel barato de esquina. Uns beijinhos. Algumas mãozinhas e depois de 5 minutos ele dá por encerado as preliminares se é que aquela coisinha sem graça tem nome.
    Mas o que você ainda espera de um cara que não consegue pronunciar a palavra c.l.i.t.ó.r.i.s e se acha o gênio do kamasutra? Lógico que não podemos esperar algo muito complexo e bem executado, porque o que queremos mesmo é uma britadeira desesperada fungando no nosso cangote. E é claro que aquela história de me dê prazer que a sua satisfação será garantida é pura bobagem. Só que não!      Depois de muitos gemidos falsos para acelerar o processo a madrugada chega ao fim com hematomas desagradáveis. Um chupão no pescoço, uma distensão na virilha, unhadas nas costas, uma ejaculação precoce e aquela sensação de que teria sido melhor ter dormido em casa sozinha.
   O fato é que as mulheres aprenderam a jogar. Descobriram o poder da escolha. Pagam para ver se estão com vontade. E ficar com aquele babaca só por medo de ficar para titia não é mais uma realidade. 
    Agora elas estão à procura de satisfação sexual sem ter a obrigação de apresentar qualquer arroz de quinta para a família. Aprenderam a dar voz aos desejos e a distinguir amor de sacanagem. Se descrevem mulheres bem resolvidas sexualmente. Só que vez ou outra ainda teimam em confiar naquele dedo podre que a sua mãe tanto alertou.
    Em contra partida a maioria dos homens não sabem mais o que fazer nesse jogo de damas. Afinal, nunca precisaram lidar com o sexo oposto. O outro restante ainda não fazem mesmo a questão ler o manual e continuam procurando apenas a própria satisfação.
     Aceitem meus caros, as regras dessa brincadeira onde só uma parte ganhava mudaram e que nem sempre o que elas querem é amor.
    Agora é olho por olho dente por dente e gozo por gozo e sejam bem vindos ao sexo casual de todos os gêneros!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Meu ex amor






Para meu ex amor,


   Quer saber de uma coisa? Acho que a nossa historia "bonitinha" se transformou em uma fábula com discursos mentirosos há muito tempo e eu ainda não tinha percebido. Não preciso tanto de você como diziam aqueles sms de carência.

  Agora sei que suas palavras de arrependimento eram apenas canções bregas regravadas infinitamente em um CD furado. Depois de tanto tempo de cegueira burra, digo de amor louco, me sinto capaz de te amar menos e sair pelo mundo sem me importar com a sua suposta dor.

  Vou te esquecer no meu passado amarelado junto com aquela caixa cheia de cartas novas com várias desculpas velhas. O que eu quero agora é confiar em alguém sem precisar colocar a minha mão no fogo por ela. Quero respirar fundo sem o peso da dúvida. Quero chorar pitangas doces de saudade e não mais engolir os caroços. Quero alguém para ficar ao meu lado sem me preocupar com surpresas, aliás, nunca te disse, mas nunca gostei de surpresas... 

   Não me procure. Estarei por ai enterrando vários pedaços seu em outras bocas. Me esqueça da mesma forma que você sempre fez. Não se preocupe com essa pessoa que um dia já te fez sorrir com piadas bobas e que perdeu tempo fazendo planos ao seu lado.


   Quero alguém para chamar de meu e acreditar nas vezes que essas palavras saírem da minha boca. E esse alguém não é você!


                                                                                             Att, Seu ex amor.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sr. Fulano e Sra. Beltrano


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    Naquela noite nos amamos por horas, entrelaçados entre uma névoa que pairava sobre a cama, nos alertando que aquela poderia ser nossa ultima noite juntos. O abracei pelo pescoço, amarrei minhas inúmeras pernas feito tentáculos em sua cintura e quis nunca mais soltar, como se o meu mundo só fizesse sentido enquanto girava entorno daquele homem.
    Fomos felizes, sei que fomos, mas alguns amores só fazem sentido na cama e esse era o nosso caso. Apaixonados, mas sem nenhum vinculo com a realidade. Depois de cada noite mágica dias insossos de dois desconhecidos.
  Não tinha uma explicação muito menos alguma lógica. O fato é que nos amávamos apenas entre quatro paredes, fora delas, nossa vida se resumia em Sr. Fulano e Sra. Beltrano. Ótimos Amantes!     
   Nosso caso era apenas história de lençol, fronha e pele arisca e que por sinal ainda poderia nos render longos capítulos noites adentro se não fosse essa sua conversão religiosa repentina de viver uma vida familiar meia boca.   
   Ele queria ir. E eu o deixei partir. Mas Deus sabe o quanto seria fácil trocar uma vidinha moralmente Boa e certinha por noites onde o ser Boa não é apenas um adjetivo bonzinho.



sexta-feira, 2 de março de 2012

Não volte mais!


     Há exatamente 19 dias, 7 horas e 55 minutos John não coloca os pés nesta casa. Não que isso seja algo bom, mas cá entre nós, vez ou outra ainda tento fazer jogo duro com alguns soluços.
     Por algum tempo John foi diferente da grande maioria ao menos ele passou mais tempo que os outros procurando meu ponto G enquanto arquitetava um plano infalível para quebrar meu coração, porque no fim é isso mesmo que todos fazem. Não foi atoa que acreditei no seu amor devoto piamente.
   Homem é um "objeto" tão previsível e ainda assim nos permitimos perder tempo acreditando em meia dúzia de palavras moles e em alguns centímetros duros escondido por baixo das calças.
  Que homem... Que corpo... Que lábios... Que... Que... Cachorro!
  Nossa historia foi bonita até o momento que John entrou pela sala na madrugada de uma segunda-feira pé por pé embebedando a casa com um perfume barato que obviamente não era o meu. O coração parou por um segundo, após sentir a pontada de uma traição calculada. Complicado!
  Frases sem nexo e um pedido de desculpas foram às únicas coisas que ele conseguiu dizer naquele momento de podridão masculina.
  Minha vontade era quebrar aquele abajur verde com bolinhas na sua cabeça e atirar todas as suas roupas porta á fora. Ou quem sabe rir na sua cara e dizer que seu empenho sexual nem era assim tão bom. Mas não! Me segurei e apenas disse: VAI. Vai e não volte mais!
  Há exatamente 19 dias, 7 horas e 55 minutos John não coloca os pés nessa casa. Na verdade confesso que até esperava alguma coisa da gente, mas fiquei de certa forma aliviada por não carregar sozinha a receita do nosso fracasso.
 Por fim ele não era o cara que eu pensava ser e eu não era tão boba quanto ele acreditava que eu fosse.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Relacionamento


    Nunca acreditou em promessas, palavras cruzadas e juras de amor eterno. Nem era tão tolo o bastante para querer um par perfeito. Mas entre algumas retas, curvas e desníveis da vida se esqueceu da linha de segurança fechou os olhos e se jogou. A história é sempre assim. Coitado(a)!
   Grande blá blá blá. Acreditamos sim no amor a primeira vista. Procuramos incansavelmente um par para envelhecermos de mãos dadas.
   Confiamos no amor, porque é nisso que precisamos e não adianta querer provar o contrário. Então vamos adiantar algumas coisas:
   O plano B que você acha que tem na manga nunca funciona quando o que sobra é você ele (a) e mais um terceiro, quarto, quinto (...) e a porcaria da realidade.
   Aquela realidade que só acontecia com os outros, mas que em um dia de sol resolveu aparecer e tomar um refresco no seu gramado que por sinal era mais verde que o do vizinho.
   E neste momento a tal realidade te esfrega na cara que respirar fundo e repetir N vezes "Te amo até quando EU julgar necessário" era apenas uma formula mágica de algum relacionamento qualquer daquela comédia romântica que você tinha decorado do Cine Pipoca Doce.
    Todo mundo tem problemas a dois. Relacionamento... relacionar... ré...
 Quem nunca quis um tempo e depois mudou de ideia? Quem nunca olhou o celular do outro, checou e-mail, facebook, twitter ou seria a bunda de outrem? Quem nunca desconfiou de uma festa entre amigos ou quem nunca fez uma pintura de índio querendo sair pra guerra?
   No fim o que fica é a esperança de ser apenas sinal de fumaça e se for assim está ótimo, porque generalizando tudo fica bem pior. De resto é acreditar no mínimo e fazer o máximo para que dê tudo certo no tempo certo.
   Aaa o tempo. Aquele velho cansado que faz inúmeras orações para que finalmente você encontre as rédeas da própria vida e não dependa mais dele.
 E agora que você já sabe de tudo isso vá e se apaixone sim, mas por você primeiro. E então finalmente dê uma chance para que outra pessoa possa fazer o mesmo!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

E agora?


     Quando olho para nós e vejo tudo o que tínhamos de bom encoberto por dores e magoas espero com mais urgência dias em que ainda vamos conseguir transformar tudo isso em cicatrizes.
   O que eramos juntos não tinha preço. Na verdade tinha e pagamos caro para dar algum valor.
   O mais engraçado é que falávamos de outras situações e pessoas com tanto distanciamento. Como se nossas almas estivessem dentro de uma bolha ou de certa forma ultrapassassem as muralhas da China.    
   Bobagem! As muralhas um dia caem e nada do que se diz intocável vai estar protegido de algumas digitais para sempre.
  Pensávamos ser mais que dois, só que na verdade não passamos de um mero senso comum. 
   E o que vamos fazer com as lembranças? Aonde vamos investir nossos planos? Calma e alento. O presente sabe muito bem como fazer o trabalho sujo de todo resto, é sempre assim!
   Tínhamos uma luz que nos aquecia ou ao menos era isso que parecia. Uma luz tão forte que cegava, mas que em um descuido bobo... quebrou. Quebrou em tantos mil pedaços que mesmo tentando concertar nada teríamos além de cacos e feridas expostas.
   Será que depois de tanto tempo iluminados por luzes incandescestes conseguiríamos viver a luz de velas?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Taquicardia

   
    

   Sem qualquer negociação me condena culpada como se minha loucura não tivesse fundamento, mas não entende que é ele mesmo quem alimenta todo meu frenesi descompassado.
   Dou risadas de tanta ironia e das palavras mentirosas que saem da sua boca. Engulo a seco o orgulho, só pra te julgar depois e fazer do MAIS e do MEIO MAIS justificativas reais das minhas frases decoradas.
   Sinto taquicardia quando me aninha em seu corpo com tanto bem querer me fazendo parar com aquela briga de ontem, forçando um beijo de desculpas. “Desculpas por ser assim humanamente imatura...”
   De certa forma eu só queria que a minha vida fosse um satélite necessário na vida de alguém então brinco com a possibilidade de ter mundo inteiro na órbita do meu umbigo. 
   Nem estaríamos aqui se fossemos dois descompromissados como você. Grande coisa...
  Então deixo passar. Mesmo doendo tanto, porque essa fome inexplicável um do outro sempre fala mais alto e o que fica de resto é aquela velha indigestão que dia após dia nos destrói com data e hora marcada.