sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Descompromissados enquanto dure

 
     Uma mulher independente e bem resolvida que já deveria estar atrás de um marido e não presa a um afer ou amigo intimo de um cara conhecido por Ursão. Ela já tinha 28, quase 30, não podia mais se dar ao luxo de ter um rolo sem futuro.
   Como ele mesmo dizia “Gostosa somos um casal descompromissados...". E por longos 11 meses seguiam com esse amor que aparentemente não se denominava nada nem impunha coisa alguma.
   Depois de mais um sábado sozinha, enfim largou o "urso" de pelúcia e a camisola de algodão furada. Passou o batom mais vermelho que tinha, juntou as amigas encalhadas de guerra e foi a luta!
   E o que ela queria mesmo? Dançar até seus joelhos levantarem bandeira branca, já que ser uma mulher caçadora nessa vida selvagem e cheia de propaganda enganosa anda dureza.
  Festinha meia boca. Sorrisos gratuitos. Fulanos e Beltranos. Números inutilizáveis a mais na agenda. E a raiva de ter saído de casa crescia, assim como a saudade de outro colo.
 O celular toca insistente assim que ela pega a bolsa na tentativa de ir embora a francesa. Um numero confidencial há essa hora?
 Do outro lado da linha uma voz conhecida a estremeceu...
 “Alô, Gostosa estava com saudades! Para com essa falta de compromisso e vem ser a mãe dos meus filhos pra sempre?"
 Os olhos arregalaram e mesmo tendo certeza que cada palavra que ouviu era mais uma grande mentira do palhaço "efetivado" as únicas coisas que ela conseguiu dizer foram:

- A que horas Ursão?




Um comentário: