sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

E agora?


     Quando olho para nós e vejo tudo o que tínhamos de bom encoberto por dores e magoas espero com mais urgência dias em que ainda vamos conseguir transformar tudo isso em cicatrizes.
   O que eramos juntos não tinha preço. Na verdade tinha e pagamos caro para dar algum valor.
   O mais engraçado é que falávamos de outras situações e pessoas com tanto distanciamento. Como se nossas almas estivessem dentro de uma bolha ou de certa forma ultrapassassem as muralhas da China.    
   Bobagem! As muralhas um dia caem e nada do que se diz intocável vai estar protegido de algumas digitais para sempre.
  Pensávamos ser mais que dois, só que na verdade não passamos de um mero senso comum. 
   E o que vamos fazer com as lembranças? Aonde vamos investir nossos planos? Calma e alento. O presente sabe muito bem como fazer o trabalho sujo de todo resto, é sempre assim!
   Tínhamos uma luz que nos aquecia ou ao menos era isso que parecia. Uma luz tão forte que cegava, mas que em um descuido bobo... quebrou. Quebrou em tantos mil pedaços que mesmo tentando concertar nada teríamos além de cacos e feridas expostas.
   Será que depois de tanto tempo iluminados por luzes incandescestes conseguiríamos viver a luz de velas?

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