sábado, 27 de fevereiro de 2010

DESPEDIDA

Desta vez não foi possível adiar. As malas estão feitas sobre a cama. E o sabor da despedida aos poucos amarga a boca.
Medo de um futuro incerto. Uma saudade de ser apenas criança. Dor da perda de algo que nem era seu. Tudo passa pela sua cabeça em uma desordem que para ela se encaixa perfeitamente.
Pensando bem ficar a deixaria maluca.
Porém partir a deixa em pedaços.
Ela quer ser apenas mais que um erro e tentar provar pra si mesma que a vida pode sim ser boa como parece.
Momentos felizes partirão com ela, já que os tristes nunca a deixaram.
Uma sensação de que poderia ser melhor a invade e transborda em seus olhos, mesmo sabendo que sempre deu o seu melhor para todos.

Não pensar, apenas viver acreditando que um dia tudo se ajeita.
É... Desta vez não foi possível adiar o horário da partida.
Está cada vez mais próximo o novo caminho que ela tanto previa.
Então ela tenta fazer da despedida uma forma de acreditar em um retorno e que ao voltar tudo será como antes.

Mas até lá para não ser surpreendida o jeito é ir matando a esperança aos poucos e padecer precipitadamente devagar como ela sempre fez.

Torcendo para que desta vez seja sim diferente.

4 comentários:

  1. FELIPE ALVES...
    A tatica de usar o realismo com tom pessimismo como defesa é compreensivel , mas como forma ofensiva é interesante xD

    ResponderExcluir
  2. Um pessimismo bem normal de qualquer pessoa, mas desta vez com uma esperança nova e confiante que aprendi com você.

    ResponderExcluir
  3. Lay, tá escrevendo tão bem. Achei lindos os seus textos. Beijo. Saudade. Natália

    ResponderExcluir
  4. Obrigada Naty! Saudades suas também.Beijooo

    ResponderExcluir